21 de dezembro de 2015
INTRODUÇÃO



O ser humano, em qualquer região ou de qualquer povo, tem um vazio de si que precisa ser preenchido. Para psicanalista e teólogos, este vazio só se preenche por Deus. No entanto, cada povo tem o direito de escolher o seu deus.
Esta busca fez surgir o termo latino religare, que significa “religar o ser humano a um ser espiritualmente superior, um deus”. Dai vem o termo Religião na nossa língua.
Existem inúmeras religiões distribuídas em todo o mundo. Dentre elas, as principais monoteístas ( que creem num único Deus) são: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, que falaremos adiante.
Esta religião promoveu a união entre os muçulmanos através do profeta Maomé, e entre várias promessas está a conquista de um Oásis eterno com jardins e água fresca, comida, bebida, e para os homens, lindas virgens como suas serviçais.
Através das suas guerras santas vários povos foram feitos prisioneiros, e a eles restavam aceitar os preceitos islâmicos ou pagarem os devidos tributos, ou ate mesmo a morte.
Os ideais desta religião tem se propagado intensamente entre os povos, e os seus extremistas tem distorcido os ensinamentos, tornando-se terroristas, sacrificando a vida de muita gente inocente.


O ISLÃ

O Islamismo é a 3ª maior religião monoteísta do mundo, com cerca de um bilhão de seguidores em todo o planeta. A sua doutrina reúne preceitos de outras religiões, como o Cristianismo e o Judaísmo.
Para os seus adeptos, a base da sua fé baseia-se numa suposta revelação que seu líder Maomé (ou Mohammad) recebeu do anjo Gabriel. Esta revelação foi divulgada oralmente durante 23 anos até dar origem ao livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão (ou Corão). Este livro é constituído por 114 capítulos.
O início desta religião aconteceu na região da Arábia, que era dividida em 02 realidades: a Pétrea e a Feliz. A primeira era constituída por regiões pedregosas, desérticas, vales, dunas e até oásis; a segunda situava-se na região litorânea, e a prosperidade era frequente.
Na Arábia Pétrea haviam vários ataques aos viajantes e Oásis pelos beduínos que habitavam aquela região. A estes ataques foi denominado como razias. Na Arábia Feliz estavam as duas cidades mais importantes para o Islã, Medina e Meca.
Historicamente, Meca era uma cidade separada pelos árabes para adoração aos seus deuses. Nela existia um santuário chamado de Caaba, onde entre outros objetos sagrados está a Pedra Negra, que eles creem ser uma dádiva dos deuses. Um dos papéis atribuídos à Meca era apaziguar os ânimos entre os beduínos, mas os acordos sempre eram frágeis. Neste cenário aparece o profeta Maomé, como pacificador entre os povos.
Nascido entre 570 – 580 d. C., Mohammad passou a pregar a existência de um único deus, chamado Alá. Neste período, o Cristianismo estava em ascensão naquela região e no mundo. Conforme esse profeta, ele foi levado ao céu pelo anjo Gabriel e recebeu a revelação que deveria repassar a todos os povos. Essa notícia agradou aos árabes, uma vez que agora podiam se vangloriar por possuir um profeta vivo.
Apesar dessa aceitação pelos árabes, a oligarquia de Meca se sentiu ameaçada e passou a perseguir Maomé e seus seguidores. Desta forma, o profeta e seu povo foram morar em Medina, onde firmaram a base da sua religião. Nessa cidade aconteciam frequentes combates, conhecida como Hégira, e Maomé conseguiu fazer a pacificação daquele povo. Este fato ocorreu no ano 622, que para os muçulmanos marca o início do calendário islâmico como o ano I dessa era.
Para o islamismo, é fundamental que seus seguidores sigam os seguintes princípios:
* Realizar 05 preces diárias. A princípio era voltada para Jerusalém, mas depois passou a ser para Meca, que se tornou a cidade sagrado para o Islã;
* Dar esmolas aos muçulmanos necessitados. Percebamos que outros povos não são contemplados;
* No mês chamado Ramadã, que significa o mês da revelação do Alcorão, deve-se jejuar durante todas as noites;
* Obrigatoriamente, uma vez na vida deve-se peregrinar à cidade Santa, Meca;
* Repetir sistematicamente a sentença: “Não há outro deus além de Alá, e Maomé é o seu profeta”.
É terminantemente proibido que um muçulmano ataque ou escravize outro muçulmano. Por isso, devido a influência que Maomé exercia sobre os beduínos, as guerras internas diminuíram e foi franqueado ao profeta poder retornar a Meca, pois houvera sido proibido de visita-la. Este retorno ocorreu no ano 629, e no ano seguinte após a morte de um muçulmano dentro da Caaba, Maomé e seus seguidores se insurgiram contra aquela cidade, destruíram tudo no templo, exceto a Pedra Negra, e assumiram o governo local.
A partir daí, o Islamismo começou a travar uma guerra contra toda forma de politeísmo. Dentre os perseguidos estavam os judeus e cristãos. Esta perseguição foi intensificada após a morte do profeta Maomé, através da Jihad (guerra santa), que combinava os preceitos religiosos com a histórica razia.
A morte do profeta ocorreu no ano 632 d. C., começando ai uma batalha por sua sucessão. O islamismo dividiu-se em 02 grupos: os Xiitas, que creem que os sucessores devam ser descendência direta de Maomé; e os Sunitas, que discordam dessa posição e representam a maior quantidade dos islâmicos.

CONCLUSÃO


O islamismo tem influenciado a vida de muitos povos. E isto não é apenas algo da atualidade, através da religião e dos ataques terroristas, mas há algum tempo vem influenciando até mesmo no nosso vocabulário. Termos como: “algarismo, álcool, alcatra, algazarra”, dentre outros, foram introduzidos em nosso idioma, além de influência nos campos da Química e na Astronomia.
Os muçulmanos tem se tornado uma potência mundial não somente por sua ideologia, mas por historicamente terem se expandido entre mercadores, pastores, agricultores e habitantes urbanos. Na literatura, destaca-se a famosa história das “mil e uma noites”, que relata a saga de um rei com suas esposas. Após ser traído, esse rei passou a casar-se cada dia com uma esposa, matando-a ao amanhecer para não correr o risco de ser novamente traído. Isso ocorreu até casar-se com Scherazade, que numa forma perspicaz prendeu a atenção do soberano e o fez desistir dessa atitude macabra.
O islamismo figura também fortemente no campo do terrorismo. Atualmente, vários ataques têm ocorrido em várias nações por muçulmanos extremistas. Sobre isso convém ressaltar o cuidado sobre a diferenciação necessária sobre o assunto. Nem todo muçulmano é terrorista. O medo pelo terrorismo tem causado uma repulsa pelos árabes e pelos adeptos do Islamismo, e isso pode causar o mesmo efeito que ocorreu, e ainda ocorre, com os judeus, cujo antissemitismo tem matado muitos inocentes por conta de uma fé contrária ou medo do desconhecido.
Não se deve impor nenhuma religião a ninguém. No entanto, respeitar não é concordar, e a discordância não deve ser entendida como motivo para a guerra. Devemos aceitar as pessoas, independente de se aceitar as suas atitudes.





REFERÊNCIA
CAMPOS, Flavio de. CLARO, Regina. Oficina de história. Volume 01. São Paulo. Ed. Leya, 1. Ed, 2013, p. 135 – 44.

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